TRAJETÓRIA

BOPE

Rafael Sodré no BOPE

O ano era 2008 e com ele a primeira tentativa de realizar o tão almejado desejo de ingressar no BOPE. Mas, por conta de erros administrativos, a inscrição não foi realizada. A abertura do próximo curso aconteceu em 2009 e eu consegui me inscrever no Curso de Ações Táticas (CAT).

De um total de 362 inscritos, após todos os testes, somente 54 iniciaram o curso. E eu estava entre eles. O CAT é um curso intenso e extenuante e possui o objetivo de treinar seus alunos levando corpo e psicológico ao limite. E após 45 dias ininterruptos e ultrapassando todos os limites do meu corpo e mente até aquele momento, no dia da formatura eu estava entre os 9 raios que se formaram.

Já na formatura, soube pelo Comandante do BOPE à época, que eu faria parte do efetivo da Unidade. E claro que essa com essa notícia fiquei muito feliz e satisfeito. Meu sonho estava prestes a se realizar.

Foram poucos meses trabalhando na guarda do quartel, até que tive a oportunidade de compor o time tático do Grupo de Retomada e Resgate, parte integrante da Unidade de Intervenção Tática. A CIT (Companhia de Intervenção Tática), como hoje é chamada, têm como principal atribuição solucionar situações de crise como ocorrências com reféns, suicidas e situações em ambiente confinado. Apelidados de “Ultima Ratio”, o GRR é a última opção nesses tipos de ocorrência.

Já são 13 anos como policial do BOPE e, durante todo esse tempo, participei de inúmeras ocorrências, muitas de complexidade e relevância para a sociedade fluminense. Dentre elas, está a implantação de todas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) a partir do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho. Destaco a invasão do Hotel Intercontinental, a primeira operação no Morro da Covanca e o assalto ao ônibus que parou a Ponte Rio-Niterói como as principais delas.

No esporte, fui atleta de alta performance em ultramaratonas de montanhas e representei os caveiras em vários lugares do Brasil e do Mundo, trazendo, na maioria das vezes, um pódio e um troféu na bagagem.

Graças ao conhecimento que ganhei no esporte, empreendi dentro do Batalhão e fundei a Corrida Soldado do BOPE. Através dela, integramos sociedade e polícia, esporte e segurança, saúde e heróis. E todo o recurso obtido com as corridas foram revertidos para melhorias no quartel e para oferecer melhores condições e bem-estar aos policiais.

Foram inúmeras missões a cumprir. E como diz o próprio lema do Batalhão “Missão dada é missão cumprida”, sigo rumo à uma nova missão que é levar todo o conhecimento que adquiri durante a minha carreira, na busca por encontrar soluções, dentro do meu nível de atuação, na busca por uma sociedade melhor.

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